A busca por eficiência no setor da saúde nunca foi tão necessária. Em um ambiente desafiador, com custos crescentes, exigências regulatórias rigorosas e uma população que demanda cuidado mais seguro e humanizado, os hospitais se veem obrigados a repensar seus modelos operacionais. Nesse contexto, a Excelência Operacional (EO) surge não apenas como uma estratégia de melhoria, mas como um verdadeiro viabilizador para a sustentabilidade e qualidade da assistência hospitalar.
No Hcor, a Excelência Operacional foi incorporada como uma trilha contínua de transformação organizacional, baseada em princípios do Lean Healthcare, Kaizen Blitz, Six Sigma e Teoria das Restrições, com foco absoluto na geração de valor para o paciente.
O que é Excelência Operacional no Contexto Hospitalar?
A Excelência Operacional vai muito além de otimizar custos ou potencializar atividades. No ambiente hospitalar, ela significa criar um sistema eficiente, padronizado, seguro e centrado no paciente, eliminando desperdícios e promovendo a melhoria contínua com base em dados concretos.
A sua implementação tem como principais objetivos:
- Eliminar desperdícios: Como tempo de espera, movimentações desnecessárias, retrabalho, estoques excessivos.
- Padronizar processos: Reduzir variabilidades através de protocolos baseados em evidências, aumentando a previsibilidade e a segurança.
- Melhorar a qualidade e a segurança do paciente: Prevenindo eventos adversos.
- Aumentar a eficiência e produtividade: Otimizando o uso de leitos, equipamentos e o tempo da equipe multidisciplinar.
- Melhorar a experiência do paciente e da família: Tornando o fluxo de atendimento mais fluido, e mais transparente.
Os Pilares da Trilha de Excelência Operacional do Hcor
A estrutura da EO no Hcor está apoiada em metodologias como:
1. Lean Healthcare – A Saúde Enxuta
Inspirado no sistema Toyota, o Lean busca identificar e eliminar desperdícios, promovendo a criação de valor com o mínimo de recursos. No hospital, isso significa revisar os fluxos para garantir que cada passo realmente agregue valor ao paciente.
As ferramentas aplicadas no Hcor incluem:
- Kaizen: Eventos de melhoria rápida com equipes da linha de frente.
- 5S: Organização dos ambientes para aumentar eficiência e segurança.
- Fluxo contínuo: Redesenho de processos com foco na fluidez da jornada do paciente.
- Gestão visual: Painéis, quadros e sinalizações que ajudam a monitorar, comunicar e agir diante de questões operacionais.
2. Six Sigma – Redução de Variabilidade
Através da análise estatística e da metodologia DMAIC (Definir, Medir, Analisar, Implementar, Controlar), o Six Sigma ajuda a identificar variações críticas nos processos hospitalares.
3. Teoria das Restrições (TOC)
A TOC orienta a gestão a identificar o maior gargalo do sistema — o ponto que mais limita o desempenho global — e agir diretamente sobre ele.
Estratégia de Implantação: Uma Jornada em Fases
1. Conscientização e Alinhamento Estratégico
Nada acontece sem o engajamento da alta liderança. A trilha de Excelência Operacional do Hcor conta com a participação do CEO, Superintendências, Gerências e lideranças reforçando que a EO é uma mudança cultural e não apenas um conjunto de ferramentas.
Com uma visão clara de futuro, com objetivos estratégicos mensuráveis alinhados a satisfação do paciente e sustentabilidade financeira.
2. Diagnóstico e Priorização de Oportunidades
Identificar e mapear os macroprocessos mais desafiadores com ferramentas como o Mapeamento Makigami ajudam a visualizar gargalos e oportunidades de melhoria.
3. Projetos de EO contam com diferencias como:
- Equipes multifuncionais compostas por quem realmente executa o processo (enfermeiros, médicos, técnicos, farmacêuticos).
- Capacitação just-in-time, com treinamentos específicos em ferramentas como 5S, Kaizen e Standard Work.
- Monitoramento rigoroso dos resultados antes e depois da intervenção.
- Comunicação dos resultados e celebração das vitórias rápidas (quick wins), fundamentais para engajar e inspirar outras equipes.
4. Escalonamento e Disseminação da Cultura
Com resultados concretos, a trilha evolui para escalonamento organizacional:
- Capacitações durante as dinâmicas: as equipes são capacitadas para produzirem artefatos e difundirem os conceitos de EO para toda a organização.
- Integração com planejamento estratégico e orçamentário.
- Replicação dos casos de sucesso, tornando-os modelo para outras áreas.
Uma Trilha que Coloca o Paciente no Centro
A Trilha de Excelência Operacional no Hcor prova que não se trata de “fazer mais com menos”, mas sim de fazer melhor, com propósito e com as pessoas certas envolvidas. É sobre:
- Otimizar processos, eliminando atividades que não agregam valor;
- Empoderar as equipes, colocando quem executa o trabalho no centro das soluções;
- Padronizar boas práticas e replicá-las de forma eficaz;
- Tomar decisões baseadas em dados, validando cada passo da transformação.
Os resultados vão muito além da eficiência: refletem o melhor acesso, maior segurança, mais satisfação para os pacientes e colaboradores, e, acima de tudo, em um hospital mais preparado para o futuro.
No Hcor, a excelência operacional não é um destino, mas uma jornada constante de aprimoramento. E cada colaborador faz parte dessa caminhada!