Instituto de Pesquisa HCor apoia estudo mundial sobre o novo Coronavírus


Pesquisa organizada pela International Severe Acute Respiratory and Emerging Infection Consortium (ISARIC) também terá o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Rede Brasileira de Pesquisa em Medicina Intensiva (BRICNet)

 

O Instituto de Pesquisa HCor apoiará, em conjunto com a Fiocruz, Ministério da Saúde, BRICnet, e outras sociedades médicas, um estudo mundial sobre o novo Coronavírus. Com organização da ISARIC, rede de pesquisa mundial focada no tratamento de doenças emergentes, o estudo tem como objetivo coletar dados clínicos de casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (nCoV).

“Os dados do estudo serão utilizados para informar autoridades no mundo e no Brasil sobre a progressão do surto e gerar uma resposta mais efetiva de saúde pública e atendimento ao paciente”, explica o Dr. Alexandre Biasi Cavalcanti, médico da UTI e Diretor do IP HCor.

Coleta de dados
Por meio de um questionário, médicos de todo o mundo que atendem casos hospitalizados com suspeita ou comprovação de infecção pelo novo coronavírus irão coletar dados dos pacientes, que serão enviados para um banco de dados central mantido pela Universidade de Oxford, responsável por armazenar e organizar todas as bases de dados. Os dados do Brasil serão usados para informar autoridades brasileiras sobre a doença.

No Brasil, o HCor colaborou, entre outros processos, com a tradução e versão inicial do protocolo de pesquisa, elaboração do termo de consentimento, além da submissão e negociação com a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP).

Tempo Recorde
Pelo quadro de urgência o estudo foi aprovado em tempo recorde pela CONEP. Aprovações para pesquisas com cooperação internacional podem demorar, em média, oito meses.

Coleta de dados de casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo Coronavírus

Este é um convite para que você participe de um estudo mundial que coleta dados clínicos de casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (nCoV). Os dados serão utilizados para informar autoridades no mundo e no Brasil sobre a progressão do surto e gerar uma resposta mais efetiva de saúde pública e atendimento ao paciente.

Infecção pelo novo coronavírus: em dezembro 2019 ocorreram, na China, os primeiros casos de infecção respiratória aguda grave devido a um novo coronavírus. O número de casos hoje passa dos 24 mil, a maioria na China, mas com casos confirmados em diversos países. No Brasil, há alguns casos suspeitos, porém nenhum confirmado até o momento.

Quem organiza a pesquisa no mundo: O Consórcio Internacional de Infecções Respiratórias Agudas Graves e Emergentes (ISARIC) preparou fichas clínicas (CRF) para coletar dados clínicos padronizados de pacientes hospitalizados com suspeita ou infecção confirmada pelo nCoV. Este CRF passou por ampla revisão e validação por especialistas clínicos internacionais. Mais informações estão disponíveis no site do ISARIC:

https://isaric.tghn.org/novel-coronavirus/

Esta iniciativa é amplamente apoiada pela OMS.

Apoio à pesquisa no Brasil: as atividades para condução e divulgação do estudo no Brasil estão sendo apoiadas por redes de pesquisa como a Rede Brasileira de Pesquisa em Medicina Intensiva (BRICNet), Instituto Latino Americano da Sepse, e instituições como FIOCRUZ, HCor – São Paulo e Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (SVS-MS). Outras redes de pesquisa e sociedade médicas serão consultadas para apoiar o projeto.

Como participar?
Qualquer profissional de saúde que atenda pacientes hospitalizados com suspeita ou comprovação de infecção pelo novo coronavírus pode participar.

A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) aprovou, em caráter emergencial, a coleta apenas na ficha clínica impressa (anexo). Por isto, neste momento, a proposta é coletar os dados de pacientes hospitalizados com suspeita ou comprovação de infecção pelo novo coronavírus na ficha impressa em anexo e mantê-la. Em breve deveremos ter aprovação da CONEP para transferir os dados da ficha impressa para um banco de dados eletrônico chamado RedCap.

A inclusão de dados sobre os todos os casos hospitalizados com suspeita ou confirmação de infecção pelo novo coronavírus é muito importante para aumentar a capacidade de controlar o problema.

Alexandre Biasi Cavalcanti

Diretor do Instituto de Pesquisa HCor

Presidente – Rede Brasileira de Pesquisa em Medicina Intensiva (BRICNet)

Fernando Augusto Bozza

Pesquisador Titular da Fundação Oswaldo Cruz.

Membro do Comitê Diretivo do Consórcio Internacional de Infecções Respiratórias Agudas Graves e Emergentes (ISARIC).

Luciano Azevedo

Presidente – Instituto Latino Americano da Sepse (ILAS)

André Machado de Siqueira

Pesquisador em Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz

Coordenador da Rede de Pesquisa Clínica e Aplicada em Chikungunya (REPLICK)

 

Arquivos anexos:
Novo CORONAVIRUS (nCoV) – FERRAMENTA DE COLETA DE DADOS PARA CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA DE INFECÇÃO RESPIRATÓRIA AGUDA

ISARIC/OMS PROTOCOLO DE CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA DE INFECÇÃO RESPIRATÓRIA AGUDA PELO NOVO CORONAVIRUS (nCoV)