Cigarro mata pelo menos 8 milhões de pessoas ao ano no mundo, segundo a OMS
São Paulo, 31 de maio de 2022 – Nos últimos anos, as diversas campanhas de combate ao cigarro, inclusive a que traz imagens de advertência sobre seu uso em embalagens, têm impactando a população, já que o tabaco é o maior responsável pela incidência de câncer de pulmão. Além deste tipo, os cânceres de boca, língua, laringe, faringe, estômago, esôfago, bexiga, rim e pâncreas também são causados pelo cigarro.
Nesta terça-feira, em que comemora-se o Dia Mundial Sem Tabaco, o oncologista clínico do Hcor, Roberto Abramoff, faz um alerta: 90% dos pacientes que apresentam algum tipo destes cânceres fazem uso de tabaco. “Uma pessoa fumante tem 30% a mais de chances de desenvolver câncer de pulmão em comparação com um não fumante, ou seja, 3 em cada 10”, afirma o médico.
O uso do cigarro eletrônico também vem crescendo consideravelmente nos últimos três anos. A maioria das pessoas se adequa a este modelo como uma opção para curar o tabagismo, mas o material é tão perigoso quanto fumar no modelo convencional. Segundo o relatório Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), 20% dos jovens brasileiros de 18 a 24 anos fazem uso do equipamento.
“Os cigarros eletrônicos apresentam grande quantidade de nicotina, que é um grande vilão e tem relação direta com formação de células cancerígenas, sejam elas novos vasos ou formação de nitrosaminas. A placa do aparelho libera metais pesados e eles estão envolvidos na carcinogênese do câncer”, explica Abramoff.
Como prevenir o câncer de pulmão
Atualmente, há inúmeras formas de detectar rapidamente a existência de um câncer. A tomografia sem contraste é a mais indicada, principalmente porque a pessoa recebe uma baixa dose de radiação, sendo possível visualizar a existência de nódulos ou lesões suspeitas e tratar precocemente, o que pode levar à cura.
“Apesar de existirem métodos muito eficazes, a cessação do tabagismo ainda é o melhor método de prevenir um câncer. Pacientes ex-fumantes têm entre 20% e 90% menos chance de desenvolver um tumor. E caso desenvolvam, podem ter um resultado mais eficaz do que aqueles que seguem com o hábito”, diz o oncologista.
O médico ainda alerta que sinais, como tosse persistente, com secreção ou sangue, e emagrecimento rápido sem uma explicação aparente devem ser observados e tratados com a devida atenção.
