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Cardiologista do HCor orienta os riscos na hora da hidratação para quem possui diabetes e pressão alta

Cardiologista do HCor orienta os riscos na hora da hidratação para quem possui diabetes e pressão alta

A hidratação ideal para qualquer pessoa é com água e água de coco. A recomendação nos dias quentes é aumentar a quantidade de líquido ingerida, especialmente no caso das crianças e idosos. Porém, a regra varia para quem possui diabetes ou pressão alta.

A ordem nos dias quentes é a hidratação. Porém, é preciso escolher bem a bebida que vai repor os nutrientes perdidos com o calor. Pessoas com diabetes e pressão alta devem evitar qualquer tipo de suco industrializado (como por exemplo o suco em pó) e bebidas isotônicas devido as restrições quanto às quantidades de açúcar e sódio ingeridas. Por isso, devem ficar atentos às informações nutricionais nos rótulos dos produtos. Estima-se que no país há 10 milhões de pessoas com diabetes. E em cada 10 brasileiros, três sofrem de pressão alta.

O cuidado vale ainda para os sucos de frutas naturais. Isso porque algumas frutas têm maior quantidade de açúcar, como a laranja, manga e melancia. “Os diabéticos devem preferir outros tipos de sucos naturais como os de maracujá e limão, desde que não abusem dos adoçantes”, esclarece o cardiologista e clínico geral do HCor (Hospital do Coração), Dr. Abrão Cury.

Já as pessoas com hipertensão arterial, por sua vez, precisam atentar para as quantidades de sódio nos refrigerantes e evitar as bebidas isotônicas. “Sódio em excesso retém líquido e aumenta a pressão. Isotônicos são para repor as perdas de sais minerais de quem fez alguma atividade física que demandou muito esforço, como um atleta”, alerta o cardiologista Dr. Cury.

Hidratação ideal

De acordo com o cardiologista do HCor, a hidratação ideal para qualquer pessoa é com água e água de coco. A recomendação nos dias quentes é aumentar a quantidade de líquido ingerida, especialmente no caso das crianças e idosos. “Outra dica é respeitar o organismo. A sede é um alarme de que o corpo está em desequilíbrio. Ela quer dizer que é preciso hidratá-lo”, orienta o cardiologista afim de evitar uma possível desidratação.

Durante o verão, o calor excessivo do ambiente provoca aumento da temperatura corporal. Para se defender, o corpo produz bastante suor para tentar “se livrar” deste excesso de calor e, assim, acaba perdendo grandes quantidades de água e sais minerais. “Se não houver a reposição adequada da água perdida no suor, pode ocorrer a desidratação, que em casos mais graves pode levar até a hospitalização. Crianças e idosos são mais vulneráveis à desidratação e, portanto, devem prestar mais atenção às quantidades de líquidos consumidos”, diz.

Cuidado redobrado com os idosos:

Os idosos, particularmente, apresentam um agravante: muitos deles possuem pressão alta. Segundo o Ministério da Saúde, praticamente metade dos idosos apresenta pressão alta. Para o hipertenso, mais jovem ou em idade mais avançada, os cuidados com a alimentação e com os medicamentos devem ser revistos. “Os diuréticos, comumente utilizados para o tratamento da hipertensão arterial, aumentam a eliminação de água e minerais pela urina, o que torna mais fácil a ocorrência da desidratação. Na desidratação, o sangue torna-se mais espesso por estar mais concentrado, o que aumenta o risco de formação de coágulos”, alerta o cardiologista do HCor.