Exercícios físicos podem beneficiar habilidades cognitivas na terceira idade

Exercícios físicos podem beneficiar habilidades cognitivas na terceira idade

Segundo neurologista do HCor, a prática de atividade física não só melhora a oxigenação e o fluxo sanguíneo no cérebro, mas também ativa os reflexos e ajuda a prevenir doenças que interferem na microcirculação cerebral e afetam a memória, como hipertensão e diabetes

É um engano pensar que a prática de exercícios faz bem apenas ao físico. Combater o sedentarismo também pode render grandes benefícios ao cérebro. E isso, principalmente, na terceira idade. “Fazer atividade física não só melhora a oxigenação e o fluxo sanguíneo no cérebro, mas também ativa os reflexos e ajuda a prevenir doenças que interferem na microcirculação cerebral e afetam a memória, como hipertensão e diabetes. Por isso, é uma excelente maneira de beneficiar as habilidades cognitivas na terceira idade e ajudar os idosos a manterem-se lúcidos, ativos e menos suscetíveis a quedas provocadas pela perda natural de mobilidade que ocorre nesse estágio da vida”, afirma o Dr. Mauro Atra, neurologista do HCor – Hospital do Coração.

Exercícios são bons, mas dançar é ainda melhor

Tai-chi-chuan, corridas e caminhadas estão entre os tipos de exercício mais indicados para pessoas na terceira idade. Contudo, nenhuma delas é tão completa e prazerosa quanto uma velha aliada da saúde física e emocional: a dança! De acordo com o Dr. Atra, dançar auxilia o condicionamento físico na mesma proporção em que estimula o funcionamento cerebral. Afinal, requer que os praticantes decorem diferentes sequencias de passos e novos movimentos, ao som dos mais diversos ritmos musicais. “Enquanto dançam, os idosos sempre estão aprendendo algo novo. Isso cria uma série de novas conexões neurais que sistematicamente estimulam novas áreas do cérebro”, explica. “Portanto, além de proporcionar grande parte dos benefícios da prática de exercícios físicos, a dança aprimora a capacidade de raciocínio e ainda traz inúmeros ganhos de ordem emocional relacionados à alegria que ela proporciona aos idosos”, considera o neurologista.

Momentos de descontração também são fundamentais

A busca pelo bem-estar mental é quase tão importante para o cérebro, quando a prática de atividade física. Sair, bater um papo descontraído com os amigos sobre assuntos leves e agradáveis, por exemplo, traz alívio e descanso para o cérebro. No momento em que isso acontece, o órgão se recompõe e apresenta mais condições de se manter ativo e funcionar bem. “ Vivenciar boas emoções e evitar altos níveis de estresse, ajuda os idosos a raciocinar melhor e ter mais disposição no dia-a-dia”, afirma. “Portanto, além de se exercitar, é altamente recomendável que eles caminhem pelos lugares que gostam, participam de jogos, leiam, relaxem, durmam um pouco mais, quando possível, e aprofundem-se em assuntos de seu interesse. Desfrutar de todos esses prazeres é fundamental, já que também contribuem com a saúde cerebral na terceira idade”, finaliza o neurologista do HCor.