HCor reduz ocorrência de trombose com novo projeto de avaliação de risco e prevenção

HCor reduz ocorrência de trombose com novo projeto de avaliação de risco e prevenção

Em um ano, o registro de ocorrência de trombose no pós-alta foi reduzido a menos de 1%; Anualmente há cerca de 10 milhões de novos casos de trombose no mundo e a cada 37 segundos uma pessoa morre em consequência do problema

Reduzir a ocorrência de tromboembolismo venoso (TEV) em pacientes internados e após a alta hospitalar, estimulando a prática de medidas preventivas eficazes, com diretrizes bem estabelecidas. Este é o objetivo do Projeto TEV Zero desenvolvido pelo HCor – Hospital do Coração. Implementado há um ano, o Projeto já apresenta resultados positivos: a ocorrência de eventos trombóticos em pacientes no pós-alta foi reduzida, registrando índices abaixo de 1%.

O Projeto, com base no Modelo de Melhorias do Institute of Healthcare Improvement (IHI), trabalha com uma abordagem prática com foco em três questões fundamentais: ‘O que estamos tentando realizar?’; ‘Como saberemos se uma mudança é uma melhoria?’; e ‘Quais mudanças podemos fazer que resultarão em melhoria?’. “Com estes dados, conseguimos determinar o risco potencial de o indivíduo desenvolver trombose, uma complicação frequente, que acomete um em cada cinco pacientes internados, e com taxas de mortalidade em torno de 15%”, explica a cardiologista Sabrina Bernardez Pereira, coordenadora de Protocolos Gerenciados do HCor. “Com medidas preventivas adequadas, é possível minimizar os riscos em 30% a 60% dos casos.”

Segundo a International Society on Thrombosis and Haemostasis (ISTH), anualmente, cerca de 10 milhões de novos casos de trombose são registrados no mundo, e a cada 37 segundos uma pessoa morre em consequência do problema. A hospitalização, de acordo com Dra. Sabrina, é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de trombose. “Pacientes com mobilidade reduzida, devido ao repouso prolongado, ou com trauma vascular, em decorrência de cirurgias ou lesões graves, têm maior probabilidade de ter coágulos sanguíneos. Até 60% dos casos de TEV ocorrem durante a hospitalização ou dentro de 90 dias, no pós-alta”, diz.

Abordagem

O Projeto TEV Zero conta com uma equipe multiprofissional, composta por enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos e médicos, que são responsáveis pela aplicação da avaliação de risco e prevenção. A abordagem consiste na busca de combinações de fatores adquiridos ou hereditários capazes de aumentar as chances de desenvolver trombose. “Estas são questões prioritárias para a segurança do paciente. O objetivo é reunir informações sobre idade, histórico médico, medicamentoso e estilo de vida específicos”, salienta.

Pacientes acima dos 55 anos, que tenham sofrido fraturas, ataques cardíacos ou realizado procedimentos cirúrgicos, que tiveram ou estão em tratamento de câncer, obesos, fumantes, entre outros, são mais propensos a desenvolver trombose. A prevenção de TEV envolve desde a administração de medicamentos anticoagulantes até medidas mecânicas, como o uso de meias elásticas e a indicação de fisioterapia. “O nosso objetivo é evitar a ocorrência de novos casos de TEV e promover melhorias no cuidado ao paciente, focando na evolução dele durante a hospitalização e no pós-alta”, conclui Dr. Sabrina.

Dicas para evitar a trombose

Em prol do Dia Mundial da Trombose, celebrado nesta sexta-feira, 13 de outubro, Dra. Sabrina cita as principais medidas que podem ajudar a prevenir a trombose, levando em consideração os fatores de risco.

  • • Pratique exercícios físicos regularmente;
  • • Evite permanecer muito tempo sentado sem se movimentar;
  • • Evite o consumo excessivo de bebidas alcóolicas, principalmente se associado ao cigarro e ao uso de anticoncepcionais;
  • • Mantenha o peso;
  • • Pacientes com história familiar devem ser orientados a usar meias de compressão;
  • • Adote uma dieta equilibrada.

 

Fonte: Revista Hosp