No mês do coração, cardiologista do HCor dá dicas de como identificar o infarto

No mês do coração, cardiologista do HCor dá dicas de como identificar o infarto

Dores ou aperto no peito, irradiação para o pescoço ou dorso, dificuldade de respirar, formigamento no braço especialmente esquerdo, náuseas, sudorese e, menos frequente, palpitações são alguns sintomas do infarto

Dor no peito, náuseas, aperto na garganta e formigamento no braço estão entre os sintomas de um dos problemas de saúde mais comuns no Brasil: o infarto agudo do miocárdio. Atualmente, cerca de 300 mil pessoas sofrem um infarto, anualmente, segundo dados da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. O problema surge quando existe uma artéria contraída ou obstruída, parcial ou totalmente. Como o músculo cardíaco requer um constante abastecimento de sangue rico em oxigênio para se nutrir, as artérias coronárias proporcionam ao coração essa fonte de abastecimento. Se algo dá errado, o infarto acontece.

Os riscos são grandes e aproximadamente 50% dos casos terminam em morte súbita. Conhecer os sintomas de um infarto e procurar ajuda é muito importante para garantir sucesso no tratamento e evitar a morte súbita. “O problema está em separar esses sintomas para não entrar em pânico à toa. Os sintomas de infarto são dor ou aperto no peito, irradiação para pescoço ou dorso, aperto na garganta, formigamento no braço especialmente esquerdo, náuseas, sudorese e, menos frequente, palpitações, tontura e desmaio”, esclarece Dr. Leopoldo Piegas, cardiologista e especialista em infarto do HCor (Hospital do Coração).

Dr. Leopoldo explica que nem tudo que sentimos, mesmo que ligados aos verdadeiros sintomas do infarto, representa um risco para saúde. “Nem toda dor no peito acontece por conta do infarto agudo do miocárdio. No entanto, se o indivíduo for portador de fatores de risco como hipertensão, diabetes, tabagismo e colesterol desequilibrado, ele deve permanecer alerta aos sintomas”, pondera.

Dr. Leopoldo explica que nem tudo que sentimos, mesmo que ligados aos verdadeiros sintomas do infarto, representa um risco para saúde. “Nem toda dor no peito acontece por conta do infarto agudo do miocárdio. No entanto, se o indivíduo for portador de fatores de risco como hipertensão, diabetes, tabagismo e colesterol desequilibrado, ele deve permanecer alerta aos sintomas”, pondera.

É importante ressaltar que os sintomas só podem ser realmente diagnosticados quando existem exames específicos para isso. “Pacientes saudáveis que não apresentam fatores de risco às vezes podem ter dor no peito, que pode ser provocada por alterações osteoarticulares ou musculares, esofágicas ou gástricas, sem nenhuma correlação com o coração. Mas somente uma avaliação médica com eletrocardiograma e exames laboratoriais pode identificar a causa das dores ou das insuficiências”, explica Dr. Piegas.

De acordo com o cardiologista do HCor, o ideal é se precaver desse mal, e para isso, basta alguns cuidados bem simples, como deixar o sedentarismo e o tabagismo bem longe de você. “Mas, mesmo tomando esses cuidados, o ideal é buscar ajuda sempre que sentir necessidade. A rapidez no atendimento faz toda a diferença em relação ao sucesso do tratamento, sugere Dr. Piegas.

Como acontece o infarto: o infarto acontece quando parte do músculo cardíaco morreu por falta de oxigênio. A nutrição do músculo é feita pelas artérias coronárias, que levam sangue e nutrientes até o coração. Se uma artéria dessas “entupir”, o fluxo de sangue é interrompido e aquela área entra em sofrimento causando dor e, se esse fluxo não for reestabelecido a tempo, o tecido morre.

Alguns sintomas: suor frio, fraqueza intensa, palpitações e falta de ar. Na presença dessas sensações, é de extrema importância procurar ajuda no pronto socorro mais próximo no máximo em uma hora. Conforme o tempo passa a dor diminui, mas o dano torna-se irreversível. Após 12 horas de dor, o músculo em sofrimento já morreu quase por completo.

Quando ir ao médico: quando o indivíduo está com uma dor intensa entre a boca e o umbigo, que dura mais de 20 minutos e apresenta outros sintomas que estão ligados ao infarto, deve procurar um hospital ou ligar para o 192 (SAMU), especialmente em casos de histórico de diabetes, pressão alta, obesidade e colesterol elevado.

Além disso, para ajudar a aliviar a dor e melhorar a circulação, pessoas que nunca tiveram um infarto podem tomar dois comprimidos de aspirina enquanto espera pela ambulância. Caso esteja presente em um caso de infarto com perda de consciência, o ideal é que seja feita uma massagem cardíaca enquanto espera a chegada da ambulância, pois aumenta as chances de sobrevivência da pessoa.