x
Uso de anticoncepcional sem orientação aumenta os riscos de   doenças cardiovasculares

Uso de anticoncepcional sem orientação aumenta os riscos de doenças cardiovasculares

Os riscos aumentam em até cinco vezes para a paciente cardiopata, especialmente se ela for diabética, tabagista, hipertensa ou obesa quando usa anticoncepcional não indicado por um médico

Os contraceptivos costumam ser compostos de estrógeno e progesterona e indicados para evitar gravidez, diminuir a TPM (Tensão Pré Menstrual) e para controlar o crescimento de miomas no útero. O problema acontece quando a mulher usa anticoncepcional sem recomendação médica, mesmo quando ocorre um intervalo no uso da medicação e depois a mulher reinicia o tratamento.

Para o Dr. Francis Helber, ginecologista do HCor, Hospital do Coração, em São Paulo, é de suma importância, um profissional qualificado indicar a medicação ideal para a paciente. “O risco de AVC, infarto, parada cardíaca e até de trombose pode acontecer com mais facilidade, caso não ocorra indicação medicamentosa correta à paciente. O tratamento deve ser individualizado para cada mulher”, explica o ginecologista.

Para o cardiologista e clínico geral do HCor, Dr. Abrão Cury, o sangue entra em estado de hipercoagulabilidade – quando a espessura do sangue fica mais grossa e então os riscos de trombose e o AVC aumentam. “Deve-se considerar possíveis fatores de risco, principalmente para uma cardiopata, especialmente também se ela for hipertensa, tabagista, diabética, ou obesa. Nesses casos, o risco de infarto é ainda maior”, comenta Dr. Cury, do HCor.

Embora 27% das brasileiras, em idade fértil usem anticoncepcionais e 100 milhões de mulheres no mundo, segundo dados da FEBRASGO – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia há outras medidas contraceptivas. O DIU – que é colocado no útero da paciente – possui dois tipos: DIU de cobre, que não libera hormônio e a necessidade de troca é a cada década, e o DIU Mirena, cuja necessidade de troca é a cada cinco anos e libera hormônio, além de outros métodos.

“O preservativo é uma das opções de contraceptivos, já que previne doenças sexualmente transmissíveis, evita gravidez indesejada e não há hormônio sendo liberado, que pode ser prejudicial à saúde de algumas mulheres”, esclarece Dr. Helber, do HCor. É realizada uma avaliação da paciente para considerar possíveis fatores de risco e então recomendar o melhor método e medicação para a mulher.

O risco de trombose, entre 25 e 35 anos de idade representa 30 casos para 100 mil pessoas, segundo dados da SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular) e para tratamento de miomas é receitado anticoncepcional, mas dependo do caso a cirurgia é indicada. “Uma mulher de 50 anos, que já tem filhos, dependendo do caso, é indicado a histerectomia – retirada parcial ou total do útero -, assim o risco de trombose pode diminuir, além do ganho de qualidade de vida”, esclarece o ginecologista.

A paciente, juntamente com o médico precisa encontrar o método anticoncepcional ideal e ser acompanhada durante o uso dessas medicações. “Ter o estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, atividade física regular e evitar a ingestão de bebida alcoólica e evitar o tabagismo ajudam a diminuir as chances de AVC, infarto e trombose. Além da realização de check-up cardiológico anual”, finalizam o ginecologista e o cardiologista do HCor.

Sobre o Clinic Check-Up HCor – Hospital do Coração

O Clinic Check-Up previne e identifica possíveis patologias por meio de um mapeamento completo da saúde do paciente. É um serviço personalizado, que leva em conta o histórico pessoal, hábitos de vida e antecedentes familiares, garantindo assim o diagnóstico preciso e gerando orientações adequadas para uma da melhoria da qualidade de vida.

O paciente passa por consulta clínica com um cardiologista e é avaliado por uma equipe multidisciplinar, composta de nutricionista, fisiatra, urologista ou ginecologista, oftalmologista, dermatologista, além de exames de imagem e análises laboratoriais.

A proposta do HCor é realizar um check-up individualizado, moderno e eficaz, por meio da aplicação dos exames necessários para uma avaliação clínica geral. O programa é realizado pela manhã, com duração média de 6 horas.