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Excesso de proteína pode sobrecarregar os rins, alerta nefrologista do HCor

Excesso de proteína pode sobrecarregar os rins, alerta nefrologista do HCor

Dietas hiperprotéicas podem aumentar os riscos de problemas renais, como pedra nos rins, aumento de peso e problemas no fígado; antes de iniciar uma dieta ou consumir qualquer suplemento alimentar, é preciso fazer um check-up para descartar a presença de doença renal pré-existente

A dietas hiperproteicas vem ganhando cada vez mais adeptos por acelerar a perda de peso e o ganho de massa muscular. As proteínas são ricos nutrientes com importante função na formação de células, renovação de músculos e tecidos, mas esse processo deixa um produto final, a ureia. Ou seja, a “fórmula mágica” pode sobrecarregar os rins já doentes, aumentar a sua taxa de filtração e acelerar a progressão da doença renal. Se não houver uma hidratação adequada, o excesso de excreção de ureia abre portas para a formação de cristais de ácido úrico, cálculos renais e até mesmo crise de gota.

O risco, segundo explica a nefrologista do HCor – Hospital do Coração, Dra. Leda Lotaif, é ainda maior em pessoas com doenças pré-existentes nos rins e ou histórico familiar de doença renal. “Antes de iniciar uma dieta ou consumir qualquer suplemento alimentar, é preciso fazer um check-up. No caso específico de dietas com alto consumo de proteínas, é necessário descartar a presença de doença renal pré-existente que é, muitas vezes, desconhecida por ser silenciosa e sem sintomas”, orienta.

Entre as principais consequências do excesso de proteínas, destacam-se o aumento do risco de doenças cardiovasculares, pedra nos rins, aumento de peso e problemas no fígado. Para evitar complicações, é fundamental ter moderação e conhecer a quantidade ideal de proteínas que se deve comer. “A recomendação deve ser individualizada, levando em consideração a idade, doenças de base, atividade e objetivos da pessoa”, salienta.

Pacientes com doença renal crônica (DRC) em hemodiálise, de acordo com a Dr. Leda, devem consumir de 1 a 1,2g de proteína por quilo de peso diariamente. Já para os que os portadores de DRC que não fazem hemodiálise. Recomenda-se de 0,6 a 0,8g de proteína a fim de retardar a evolução da doença renal. “Em indivíduos saudáveis, com função renal normal, não existe contraindicação formal para dieta hiperproteica, embora os seus efeitos por períodos prolongados não sejam bem conhecidos”, explica a nefrologista do HCor.

Alimentos ricos em proteínas

Com uma dieta equilibrada é possível obter a quantidade ideal de proteínas, carboidratos e lipídios de que o corpo precisa. Carne, peixe, ovo, leite, queijo e iogurte são riscos em proteínas de origem animal. Além disso, vegetais como ervilha, feijão e soja também possuem boas quantidades do nutriente. “Basta consumi-los na proporção adequada para garantir um bom resultado de manutenção e produção de massa muscular, sem a necessidade de suplementação”, recomenda.

Confira algumas dicas importantes

  • Invista em carnes como a do frango (peito), porco (lombo ou filé mignon), peixe e a bovina (músculo, filé mignon);
  • Evite embutidos (salsicha, presunto, salame), pois são ricos em sal e conservantes, mesmo os denominados light;
  • Beba bastante líquido, para manter seu corpo hidratado e prevenir a formação de cálculos renais. O ideal é que a urina saia clara.

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