Hipertensão arterial afeta 1 em cada 4 brasileiros

Hipertensão arterial afeta 1 em cada 4 brasileiros

A “pressão alta” é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças no coração, cérebro e rins que podem ser fatais

São Paulo, abril de 2022 – Ao aferir a pressão arterial, o esperado é que o resultado seja em torno de 120 por 80 mmHg. Quando o número registrado é igual ou maior do que 140 por 90 mmHg, a hipertensão é diagnosticada. De acordo com dados do Ministério da Saúde, mais de 38 milhões de brasileiros sofrem com essa doença. O grande perigo é que, em 99,9% dos casos, ela não apresenta sintomas.

“Chamamos a doença de ‘inimigo silencioso’ porque ela provoca danos no organismo sem dar sinais. São cerca de 300 mil mortes registradas por ano no Brasil devido às doenças no coração e cérebro, segundo o Ministério da Saúde.  Por conta desses quadros, podemos certificar que 80% dos óbitos por acidente vascular cerebral (AVC-derrame cerebral) e 60% dos infartos agudos do miocárdio foram causados pela pressão arterial elevada”, revela o Dr. Celso Amodeo, cardiologista do sono e especialista em hipertensão arterial do Hcor.

Por ter múltiplas causas, entre elas fatores genéticos e ambientais, o médico alerta que não é fácil determinar o que leva à chamada “pressão alta”. No entanto, é preciso ter em mente que há diversas maneiras de preveni-la. “Começando pelos bons hábitos, como manter uma alimentação saudável, com pouco sal, praticar exercícios físicos, não fumar e não ingerir bebida alcoólica. O que poucas pessoas sabem é que a qualidade do sono pode influenciar a pressão arterial. A apneia obstrutiva do sono, por exemplo, impacta no controle da pressão arterial. Além disso, o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não hormonais, pílula anticoncepcional e os sprays nasais com vasoconstritores também podem levar ao desenvolvimento da hipertensão”, explica o Dr Celso Amodeo.

Para o diagnóstico, é importante observar a pressão arterial ao longo de 24 horas. “Isso porque temos casos de hipertensão noturna, durante o sono, que também trazem um risco cardiovascular aumentado aos pacientes, mesmo quando a pressão arterial de vigília está dentro dos valores aceitáveis. Devido às diversas causas da pressão alta, a conduta é baseada em múltiplos medicamentos que agem em diferentes sistemas do organismo”, esclarece o Dr. Amodeo.

Aprenda a aferir a pressão

Seja em casa, no consultório do médico ou na farmácia, fazer a medição com certa regularidade pode salvar a vida. Existem dois tipos de aparelhos para aferir a pressão arterial: os aneróides que empregam o método auscultatório e necessitam de estetoscópio; e os aparelhos digitais que empregam um método chamado oscilométrico. Independentemente do modelo escolhido, são indicados alguns cuidados:

•           Não tomar medicamentos antes

•           Não estar com bexiga cheia

Não ter praticado exercícios físicos há pelo menos 60 minutos

•           Descansar 5 minutos antes de iniciar

•           Estar sentado e não cruzar as pernas

•           Não falar durante a medição

•           Utilizar sempre o braço esquerdo

•           Não tomar café ou álcool 30 minutos antes

Sobre o Hcor

O Hcor oferece atendimento em mais de 50 especialidades, entre elas: Neurologia, Oncologia, Ortopedia e Cardiologia – área na qual tem grande renome nacional e internacional –, contando ainda com um centro próprio de Medicina Diagnóstica. O hospital possui Acreditação internacional pela Joint Commission International (JCI), além de diversas certificações e é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), há mais de 10 anos.

Instituição filantrópica, iniciou suas atividades em 1976, tendo como mantenedora a centenária Associação Beneficente Síria. Além do escopo assistencial, o hospital conta com um Instituto de Pesquisa (IP-Hcor) reconhecido internacionalmente, que coordena estudos clínicos multicêntricos com publicações nos mais conceituados periódicos científicos. Também está à frente de um Instituto de Ensino (IE-Hcor) que capacita e atualiza milhares de profissionais anualmente e é certificado pela American Heart Association.