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Saiba como lidar com estresse e esgotamento mental

Ao longo da vida, muitas vezes temos que lidar com situações que exigem grande esforço físico e mental, gerando cansaço e estresse. A preparação para uma prova importante, um processo seletivo de emprego ou uma jornada de trabalho mais extenuante são alguns exemplos que muitos reconhecem como períodos difíceis que viveram e em que a fadiga e certa ansiedade foram frequentes companheiros de jornada. No entanto, há uma fronteira nem sempre clara que separa estas reações mais corriqueiras do esgotamento mental propriamente. Cruzar esta fronteira que separa o simples cansaço do esgotamento é um processo que vai se desenrolando gradualmente, ao longo dos quais muitos sinais de alerta podem ter passado despercebidos ou não terem sido valorizados a ponto de gerar mudanças que pudessem evitar o esgotamento mental.

Incidência do câncer na bexiga

Muitos fatores devem ser considerados nesta equação, pois tanto o contexto em si, como as características individuais podem contribuir para o esgotamento mental.
Trabalhos muito estressantes, ambientes competitivos, situações de vida desfavoráveis e pouco suporte familiar são alguns exemplos de como o contexto pode contribuir para o esgotamento mental. Tudo isso ganha ainda maior importância no atual período em que estamos vivendo, da pandemia de Covid -19, em que todos precisam lidar com diversas camadas de preocupação e estresse superpostas (projetos e rotinas bruscamente alterados, medo da doença e da morte, preocupações financeiras, distanciamento social, entre outros).

No entanto, características individuais como a dificuldade para dizer não e colocar limites, a tendência a cobrar-se excessivamente, com alto nível de exigência e perfeccionismo podem aumentar de forma muito expressiva a pressão sobre alguém que já esteja passando por uma situação difícil.

É importante lembrar que o estresse desencadeia reações biológicas no corpo, como o aumento da liberação de cortisol. Se a situação estressante for mantida por um tempo prolongado, estas mudanças podem desencadear diversos sintomas físicos e psíquicos. Dor de cabeça, alterações do sono e do apetite, fadiga, queixas gastrointestinais, problemas de memória e de atenção, aumento da irritabilidade, crises de choro, instabilidade emocional e ansiedade são alguns destes sintomas e não devem ser negligenciados. Buscar ajuda para encontrar formas mais saudáveis de enfrentar estes períodos é fundamental.

Por fim, nunca é demais ressaltar o papel fundamental que o sono, o lazer, a alimentação saudável e os vínculos afetivos desempenham na saúde física e mental. A dificuldade de manter hábitos saudáveis de vida é bastante comum e em momentos de maior estresse, esta dificuldade costuma ser ainda maior. No entanto, é particularmente nestes momentos mais desafiadores que cuidar do sono, alimentar-se bem, exercitar-se e manter-se conectado a sua rede de apoio afetivo (amigos e familiares) pode te ajudar a não cruzar a barreira do esgotamento mental, da ansiedade e da depressão. E se perceber que sozinho não está conseguindo, não hesite em pedir ajuda profissional.