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O que é obesidade?

A obesidade se caracteriza pelo excesso de gordura no corpo. É considerada uma “doença silenciosa”, e que na maioria dos casos, não apresenta sintomas claros. Por esse o motivo, a busca pelo tratamento médico é demorada, prejudicando ainda mais a saúde da pessoa com obesidade, uma vez que essa doença é fator de risco para vários outros problemas, entre eles:

Hipertensão arterial
Hipertensão arterial
Doenças Cardiovasculares
Doenças cardiovasculares
Diabetes
Diabetes tipo 2
Colesterol
Aumento dos níveis de colesterol e triglicérides
Pedras Vesiculares
Pedras na vesícula
Intestino
Câncer (mama, útero, próstata, intestino, dentre outros)
Articulações
Problemas nas articulações
Infertilidade
Infertilidade e problemas menstruais
Apneia do Sono
Apneia do sono

Em pessoas adultas, a obesidade é diagnosticada através do cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal), que é obtido dividindo-se o peso (em quilos) pela altura (em metros) ao quadrado.

Calculo de IMC

A classificação atual da obesidade com base no IMC é a seguinte:

  • IMC entre 25,0 e 29,9 kg/m2: sobrepeso;
  • IMC entre 30,0 e 34,9 kg/m2: obesidade grau I;
  • IMC entre 35,0 e 39,9 kg/m2: obesidade grau II;
  • IMC maior do que 40,0 kg/m2: obesidade grau III.

Quais são as opções para o tratamento da obesidade?

Para a maioria das pessoas, perder peso e não voltar a ganhar o peso perdido nos meses seguintes é uma tarefa muito difícil. Além da mudança nos hábitos alimentares, com diminuição do consumo de alimentos calóricos, é necessário inserir a prática regular de atividades físicas na rotina buscando elevar o gasto energético.

Nesse sentido, a dieta hipocalórica balanceada é a alternativa mais adequada para a redução de peso. Geralmente, dietas muito rígidas (com consumo diário de menos de 1000 calorias, por exemplo) têm baixa adesão por parte do paciente, o que dificulta a manutenção em longo prazo.

Quando a perda de peso gerada pelas mudanças nos hábitos for insuficiente, é indicado associá-las a medicações. Porém, nesse caso, as opções disponíveis aqui no Brasil são limitadas. De qualquer forma, quando essa for a alternativa escolhida, a medicação deve ser introduzida de acordo com o perfil e a capacidade de perder peso de cada paciente e somente depois de ser realizada uma avaliação médica.

Para muitas pessoas com obesidade grave, o tratamento com dieta, atividade física e medicamentos não proporciona os resultados esperados, principalmente em longo prazo. Nesses casos, considera-se a possibilidade de realizar uma intervenção cirúrgica – a cirurgia bariátrica.
Atualmente, o IMC é o principal critério para indicação da cirurgia bariátrica. Para as pessoas com IMC igual ou maior que 40 kg/m2, ou seja, que apresentam obesidade grave, a cirurgia bariátrica está indicada.

Já para quem tem o IMC entre 35 e 40 kg/m2, a indicação da cirurgia bariátrica está condicionada à presença de doenças ligadas à obesidade, tais como:

Diabetes 2
Diabetes tipo 2
Apneia do sono
Apneia do sono
Hipertensão arterial
Hipertensão arterial
Dislipidemia
Dislipidemia
Doenças cardiovasculares
Doenças cardiovasculares
Osteoartroses
Osteoartroses
Hérnias discais
Hérnias discais
Refluxo gastroesofágico
Refluxo gastroesofágico (com indicação cirúrgica)
Pedras na vesícula
Pedras na vesícula
Esteatose hepática
Esteatose hepática (gordura no fígado)
Incontinência urinária de esforço
Incontinência urinária de esforço (na mulher)
Infertilidade
Infertilidade (masculina e feminina)
Síndrome dos ovários policísticos
Síndrome dos ovários policísticos
Hipertensão intracraniana idiopática
Hipertensão intracraniana idiopática (pseudotumor cerebral).

Para realizar a cirurgia bariátrica o paciente deve ter idade entre 18 e 65 anos, embora existam exceções para os extremos de idade, que deve ser avaliada individualmente. Além disso, algumas situações podem contraindicar a cirurgia, tais como:

  • Limitação intelectual significativa.
  • Pacientes sem suporte familiar adequado.
  • Quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso contínuo de álcool ou drogas ilícitas.
  • Doenças genéticas.

Vale a pena destacar que, em todos os casos, o sucesso – em longo prazo – da cirurgia está associado a motivação do paciente e a mudança de hábitos.

Sobre o fato de o IMC ser usado como critério de indicação da cirurgia bariátrica, é importante ressaltar que isso já foi questionado por muitas entidades médicas, especialmente em decorrência de não ser levada em consideração a gravidade das enfermidades crônicas, principalmente o diabetes.

Benefícios da cirurgia bariátrica

A cirurgia bariátrica proporciona benefícios físicos e também emocionais. Eles podem ser observados logo após a realização do procedimento.

Os dois principais benefícios são:

1

Perda de peso significativa e permanente: a maioria das pessoas submetidas à cirurgia bariátrica diminui consideravelmente seu peso nos primeiros meses depois da cirurgia, de forma que a redução de peso pode persistir ao longo dos 2 anos seguintes. Depois desse período, é comum acontecer um aumento de peso, geralmente, em torno de 15% do total perdido. Dificilmente esse ganho é equivalente a 50% do peso perdido.

2

Melhora ou remissão das doenças associadas à obesidade: principalmente em relação aos problemas de ordem metabólica e emocional, como depressão e ansiedade, a cirurgia costuma proporcionar uma rápida melhora ou até mesmo sua remissão.

A cirurgia bariátrica é feita, geralmente, por videolaparoscopia, na qual pequenas incisões (de 5 a 12 mm) são realizadas no abdômen. Por meio delas, são inseridos alguns instrumentos e uma câmera no paciente, permitindo ao cirurgião fazer o procedimento vendo as imagens da parte interna da barriga através de um monitor de vídeo.

Este processo é minimamente invasivo, o que ajuda a diminuir as dores após a cirurgia, reduz a incidência de problemas (como infecções e hérnias) relativos às cicatrizes, encurta a duração da internação hospitalar e permite que o paciente retorne mais rapidamente às suas atividades habituais.

Cirurgia Metabólica

A cirurgia metabólica teve origem exatamente na análise dos resultados proporcionados pela cirurgia bariátrica.

Foi identificado que pacientes com obesidade grave e portadores de doenças associadas, principalmente o diabetes tipo 2, tinham uma rápida melhora do diabetes após a cirurgia. Isso era observado antes mesmo de ocorrer a perda de peso. Desse modo, concluiu-se que o procedimento apresentava um mecanismo responsável pela melhora do diabetes tipo 2, e isso não estava associado de maneira específica à perda de peso.

A partir desta constatação foram realizados vários estudos – no Brasil e no mundo – para identificar quais eram esses mecanismos e fazer uma análise mais detalhada dos resultados da cirurgia bariátrica.

Com isso, surgiu um novo tipo de intervenção sobre o trato gastrointestinal: a cirurgia metabólica. Ela não tem a perda de peso como intuito principal (embora importante), mas sim o controle do diabetes tipo 2. Podendo-se dizer que a cirurgia metabólica envolve as mesmas técnicas – reconhecidas e aprovadas – da cirurgia bariátrica. A distinção está no resultado que se deseja obter ao realizá-la.

Para realizar a cirurgia metabólica, existem alguns critérios que incluem:

  • ter IMC entre 30 e 34,9 kg/m2
  • idade entre 30 e 70 anos
  • mínimo de 2 e máximo de 10 anos com diagnóstico de diabetes tipo 2 de difícil controle com o tratamento clínico.

Como é o preparo para a cirurgia bariátrica?

Imagem doutor

Para realização da cirurgia bariátrica é necessária avaliação do cirurgião bariátrico e de outros especialistas que irão verificar se o paciente está apto a realizar o procedimento, assim como prepará-lo para as mudanças impostas após a cirurgia. Este processo de avaliação multidisciplinar pode levar em torno de 1 a 2 meses e cada profissional irá ajudar de acordo com a sua especialidade. Ele é obrigatório e faz parte do pré-operatório.

Psicólogo

Imagem cérebro

O psicólogo irá ajudar o paciente a lidar com as mudanças que serão necessárias após a cirurgia, de forma a garantir uma boa adaptação a essa nova fase. Afinal, é preciso ter muita disciplina após o procedimento. Ele também irá ajudar o paciente a esclarecer as dúvidas sobre a cirurgia e o dia a dia.

Psiquiatra

Em determinados casos, essa avaliação se faz necessária, pois esse profissional irá determinar se existe alguma doença psiquiátrica que possa impedir a realização do procedimento. Nesses casos, pode ser necessária a prescrição de algum medicamento para o seu tratamento.

Nutricionista

Este profissional irá orientar os pacientes em relação à dieta e a melhor forma de se alimentar durante a recuperação após a cirurgia. Em certos casos, pode ser orientada uma dieta antes mesmo da operação, para perder 10% do peso com o objetivo de reduzir os riscos do procedimento.

Cardiologista

Como em qualquer cirurgia, este profissional irá avaliar se existe algum risco cardíaco para a realização da cirurgia.

Endocrinologista

Por fim, o endocrinologista irá avaliar o grau de obesidade e a presença de outras doenças associadas para instituir um tratamento adequado e orientar o pós-operatório. É importante ressaltar que, dependendo do paciente e da sua saúde, outras avaliações podem ser necessárias.

Prática de atividades físicas

Caso o paciente ainda não tenha uma rotina regular de exercícios, o ideal é que ele comece a praticar atividades físicas algumas semanas (ou até meses) antes da cirurgia. Isso é essencial para que ele comece a se adaptar à prática de exercícios, que é um fator determinante para o sucesso em longo prazo da cirurgia bariátrica.

É importante destacar que o paciente deve se exercitar com o acompanhamento de um profissional de educação física, pois isso diminui o risco de lesões.
Caso atividades como a caminhada e a corrida gerem desconfortos principalmente nas articulações, é indicado buscar outra opção de exercício, sendo a natação e a hidroginástica as mais adequadas.

Tabagismo

O tabagismo tem grande influência sobre as funções respiratórias. Ele pode inclusive elevar o risco de complicações anestésicas e cardiovasculares, além de potencializar a produção de ácido no estômago, o que eleva o risco de úlceras. Dessa forma, os pacientes fumantes devem interromper essa prática 4 semanas antes da cirurgia bariátrica. Vale destacar que, exatamente devido a essa exigência e à necessidade de serem adotados novos hábitos, realizar esse procedimento pode ser um grande estímulo para parar de fumar de maneira definitiva.

Consumo de álcool

O álcool é um potencial causador de irritações gástricas, além de ser prejudicial ao fígado. Ao perder peso mais rapidamente o paciente pode apresentar problemas na sua função hepática caso consuma álcool nessa fase.

Além disso, mesmo estando acostumado a consumir bebidas alcoólicas, depois da cirurgia, o paciente fica mais susceptível aos efeitos da embriaguez após beber apenas alguns goles de vinho.

Bebidas alcóolicas também possuem muitas calorias, o que pode levar o paciente a desenvolver a Síndrome de Dumping, que consiste na passagem, em um espaço de tempo menor do que o ideal, dos alimentos do estômago para o intestino.

Em decorrência de todos esses problemas que ele pode causar, é recomendado que o álcool fosse totalmente “cortado” ou consumido de maneira mais cautelosa já nos meses que antecedem à cirurgia.

Quais são os cuidados após a cirurgia bariátrica e metabólica?

Geralmente, o paciente fica internado por apenas 2 dias após realizar a cirurgia. Porém, conforme sua evolução, esse tempo pode ser maior.

A partir da alta hospitalar, nos primeiros dias, é crucial evitar fazer esforços repetitivos, como subir e descer escadas, e sempre com cuidado e poucas vezes durante o dia.

Durante as primeiras semanas, além de perder peso de maneira intensa, o paciente está se recuperando da cirurgia. Por isso, é fundamental que ele repouse bastante. É recomendado realizar caminhadas curtas e algumas atividades domésticas mais simples. Mas sempre com muito cuidado, pois nesse período o paciente se cansa com facilidade.

Exatamente por isso, é crucial se manter bem hidratado, uma vez que a dieta nas primeiras duas semanas é composta exclusivamente por líquidos (água, água de coco, chás, isotônicos, caldos ralos) e o volume ingerido deve ser fracionado em 30 a 50 ml por vez. O indicado é tomar líquidos muitas vezes ao dia, totalizando de 1,5 a 2 litros diariamente.

Por que o HCor?

Como vimos o processo para a cirurgia bariátrica pode ser complexo e demorado, uma vez que envolve a realização de diferentes exames complementares e a avaliação de diferentes especialidades. Sabendo disso, o HCor dispõe de equipe multidisciplinar integrada e habilitada para o atendimento rápido e objetivo dos pacientes que buscam a cirurgia bariátrica, visando o bem-estar e conforto durante todo o processo.

Além disso, conta com toda a tecnologia necessária para a realização dos exames complementares, assim como, a realização da cirurgia com toda a segurança.

Central de atendimento (11) 3889-3939